domingo, 17 de junho de 2012

Royale Café



Foi já há uns meses, tinha sido um dia atarefado em que acordei mais cedo para ir à loja dos sapatos Paez com o Zé, ao pé do Museu de Arte Antiga, porque a revista TimeOut oferecia um daqueles vales de “leve dois pague um”. Como seria de esperar, no primeiro dia deve ter ido lá toda a gente e agora já só tinham dois pares do meu número que, estranhamente, tinha descido dois tamanhos (na filosofia Paez temos todos os pés mais pequenos). Já para não dizer que só sobravam os mais horríveis.

Como não gastei dinheiro em sapatos fui até ao Royale, um sítio que sabia que ia ultrapassar o meu budget de restaurantes mas que resolvi perdoar, a verdade é que nunca me tinha "oferecido um almoço" à maneira, e assim paguei 10.85€ pelo polvo à lagareiro mais delicioso de sempre, super tenro, numa cama de grelos, banhado em azeite e acompanhado com batatinha ao murro com a casca enrugada (e eu nem sou grande fã de batata).



O espaço é muito agradável e felizmente tive lugar na “esplanada”. Esta dita esplanada consiste numa pequena varanda cercada por um alto muro coberto de trepadeira onde cabem cerca de 8 mesas apertadinhas de duas pessoas. É um espaço alternativo, não perde a sua aura acolhedora e de privacidade, adoro pequenos locais, talvez tenha o contrário da claustrofobia, estes dão-me uma sensação de segurança e não de sufoco.

Recentemente tive de regressar ao Royale depois de me mandarem embora do Vertigo por estar a haver uma festa privada, dizendo-me que voltasse às 15h da tarde. Não foi propriamente uma coisa agradável mas lá me conformei.



Estava tão mal da garganta que só conseguia comer sopas. Uma sopa de beterraba a 3.30€ não é a coisa mais barata que se pode pedir mas infelizmente era a única coisa que conseguia comer do menu e já não podia conter a fome, era boa mas não digo que não me fiquei a babar para o arranjinho de pão de pita e molho tzatziki da Margarida.




E lá se foi mais um serão de trabalho, ficámos no interior por haver tomadas mas não deixei de ir à "varanda" no final para fotografar alguns pormenores curiosos que eles lá tinham. Parecem achar especial piada a animais de loiça, pergunto-me porquê, se calhar devia ter metido conversa mas tenho de confessar que não me senti à vontade o suficiente e as pessoas que estavam a comer lá fora olhavam para mim desconfiadas, provavelmente com medo de serem apanhadas pela minha câmara.




Há um quadro de ardósia à frente do balcão com alguns desenhos (alguns de clientes pelo que parece), que denotam que eles são mais abertos à convivência do que fizeram parecer quando lá fui, talvez para a próxima, a diversão da tarde foi sem dúvida observar um petiz que andava de gatas a martelar o chão com o telemóvel carote do pai. Ah, a deliciosa ingenuidade!

Aberto de segunda a sábado das 10h à meia-noite e domingo até às 20h. Para mais informações de preços e melhores fotografias do espaço consultem o website deles que, e isto é uma grande qualidade, tem lá tudo o que podem precisar de saber.

Sem comentários:

Enviar um comentário