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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Espaço Tintin

Tenho tido algum trabalho para fazer e ando a pôr estas novas posts fora de horas, embora apareçam seguidas, o dia é o dia em que fui a esses espaços e não aquele em que escrevi sobre eles. Infelizmente com o tempo vai-se um pouco da memória da experiência, e quantas conversas não tive eu que gostava de reproduzir aqui, não melhoraram necessariamente o Mundo, ou se calhar melhoraram, talvez um pequeno mundinho particular de alguém.

Passei pelo Espaço Tintin pela primeira vez quando me dirigia para a Lx Factory depois de ter ido à Culturgest ver um filme do Indie Lisboa, filme estranho esse, estranho também o meu deambulanço nesse dia, apanhei o metro na Avenida de Roma e antes de lá chegar passei ao lado deste café iluminado. Não pude deixar de reparar que estava lá um moço agarrado ao computador, era meia-noite e eu pensei: tenho de cá vir. E depois estive à espera do eléctrico no meio dos bêbados do cais, senti-me um balão no meio de silvas. Bem que podia ter decidido entrar no café.




Este é um sítio que parece maior pela quantidade de mini espaços que conseguiram obter através das diferenças da mobília e da situação em que estão dispostas. Há direita, mal entramos, há um ligeiro degrau de elevação (não sei qual o termo arquitectónico para isto) com 3 ou 4 mesas redondas junto a uma parede recheada de post-its de apreço ao local ou de veneração ao Tintin (tenho de confessar que nunca gostei desta personagem e sempre fui fã fiel e dedicada destes fulanos aqui). Este é o local que apanha mais luz por estar próximo da janela, tem também uma boa visão para o televisor suspenso na parede, o que é uma vantagem em dias de futebol.



À esquerda, também junto à janela/parede de vidro existem duas poltronas pequenas a rodear uma mesa baixa meia marroquina. Este é um sítio mais isolado e parece mais apropriado para pessoas que só querem sentar, conversar e beber qualquer coisa.

Se em vez disso decidirmos olhar em frente, então temos três hipóteses possíveis: descer as escadas ao centro, que nos levam à loja de material Tintin e às casas-de-banho. Contornar as escadas pela esquerda, o que faz com que nos situemos num estreitíssimo corredor junto ao vidro com duas mesas altas e quadradas, com cadeiras a condizer, e também uma pequena estante de cartão com literatura portuguesa que deve fazer parte de um projecto que desconheço, mas que pelos vistes é possível tirar um livro e ficar a ler.



Se contornarmos as escadas pelo lado direito vamos directos ao balcão de pedidos passando pelas mesas rectangulares, mais próprias para refeições ou para estudantes que tenham de fazer um estendal para trabalhar.

Mas ainda não acaba aqui, chegados ao balcão temos ainda um outro local que só abre às 20h da noite: a mezzanine! A essas horas passa a ser possível chegar ao fundo do estabelecimento, virar à direita e subir as escadas, chegando a uma espécie de lounge com mini bar e uma narguila de chicha que pelo que me disseram fica a 5€ para quem quiser (parece barato, pergunto-me se é mesmo este o preço). Os cocktails passam também a estar disponíveis e devem rondar os 5€, o costume.

Já cá vim com a Sara e com a Margarida e das coisas que pedi para comer fiquei bastante bem impressionada. Recomendo a tosta italiana com queijo, fiambre, tomate e azeitonas (3.60€), e também o wrap de queijo fresco, nozes, alface e rúcola que fez com que me iniciasse no mundo dos wraps e ficasse fã (3.50€?). A Sara pediu um gelado em taça com duas bolas (2.10€) e uma tosta igual à minha (e que afirmou que podia ser maior, fica aqui o aviso).





Já para beber não tive tanta sorte, a limonada (1.30€) que pedi estava um pouco estranha, não tinha açúcar e eu tive a ideia infeliz de pôr do açúcar saudável (o escuro) por termos essas duas variantes na mesa. Bem, não tinha a noção que aquilo era bastante menos potente do que açúcar normal e até acertar com a dose (não acertei para dizer a verdade) foi um desatino, pronto, fiquei a saber. O chá frio até me soube bastante bem quando lá fui com a Margarida (e supostamente nem sequer gosto de chá frio), aí já tinha aprendido a lição e tirei logo do açúcar refinado, e o galão (1.40€), bem, não há muito por onde errar num galão!

Outra coisa excelente para trabalhadores dedicados é a abundância de tomadas que este sítio tem, tomadas em todo o lado, uma maravilha, e acesso à internet e horários generosos. É um óptimo sítio para trabalhar, fica é talvez um pouco fora de mão mas ao menos encontra-se perto da paragem de metro. E bem, não deixei cá o meu post-it mas é algo que farei certamente quando voltar.


sábado, 21 de abril de 2012

Tuareg (2)

Podem encontrar a primeira post sobre este local aqui.
Tirar fotos em sítios pouco iluminados com a minha câmara requer uma mão estável e elementos que cooperem e se mantenham quietos durante algum tempo, ou seja, se esses ditos elementos são pessoas, uma boa foto depende na imobilidade das suas expressões faciais. Dir-se-ia que os próprios já são fotos antes da foto ser tirada. Estátuas em pleno café.




Volto à carga com mais algumas imagens deste local, embora já tenha em mira novos sítios onde se pode fumar chicha, seja como for se acabar por dar um saltinho a esses espaços as provas serão remetidas para este blog.

Digamos que tivemos um azar desgraçado com as bebidas, pedi confiante uma caipiroska de manga, fazendo o triste raciocínio: gosto de manga, gosto de caipiroska normal, que mal poderá fazer a junção destas duas? Pois bem, é um coisa doce e enjoativa, ou simplesmente o Tuareg não serve para beber cocktails e serve apenas para fumar, beber infusões e ponto final. O Francisco pediu uma coisa qualquer com licor de café que também estava doce demais mas se se desse uma dentadinha num dos grãos flutuantes de café e se sorvesse a bebida em seguida ficava ligeiramente melhor (técnica do próprio Chico). De qualquer dos modos custou-me perder aqueles 5€.

terça-feira, 27 de março de 2012

Tuareg

Podem encontrar a segunda post sobre este local aqui.

Cada vez que vou ao Tuareg o cenário repete-se, as pessoas são as mesmas, tirando uma ou outra, só muda o sabor da Narguila (hoje foi melancia e limão), o do chá, que não sou eu que bebo (hoje foi um cocktail de frutos vermelhos), o do batido do Francisco (hoje foi o Magreb, apelidado por nós de Rabichice, que levava vodka, frutos vermelhos, entre outras coisas) e da bebida, desta vez fui eu, pedi um Irish Coffee que me custou 2.5€ e era muito mais pequeno do que pensava, só para descobrir que não aprecio assim tanto café com whisky e que mastigar grãos de café pode não ser das melhores coisas, mesmo para grandes apreciadores.


Mas fora o café, foi incrível, acertámos em tudo, mesmo o próprio sabor da chicha foi dos mais agradáveis de sempre e não sabíamos o que se passava mas continuámos a desfrutar da nossa maré de sorte ao paladar porque não acontece todos os dias. É claro que depois chegou o café para estragar o arranjinho, mas serviu de um certo modo para aniquilar o efeito “senhora” conferido pelo batido cor-de-rosa do Francisco, a quem já tinha aparecido um pipi entretanto.

Mas as conversas no Tuareg são sempre construtivas e roçam assuntos que não lembram o diabo. Estes assuntos também carecem de ser debatidos e por isso é pertinente que existam sítios como este, onde podemos relaxar os rabiosques em bancos almofadados marroquinos (ou simplesmente em almofadas), ao aconchego da parca luz dos candeeiros indianos e das velinhas, junto de muitos outros grupos que cá vêm pela mesma razão.
Há que frisar que as casas-de-banho do local são daquelas que têm uma luz que apaga e então temos de fazer chichi a dançar para não ficarmos à escuras - precioso!

A experiência que cá tive desta vez foi bem melhor do que as últimas, o rapaz que nos atendeu parecia pensar que nunca cá tínhamos vindo e achei-o super divertido. A Narguila foi 9€ a dividir por três pessoas (+3€ por cada carvão extra e mais 3€ se for com álcool), os batidos com álcool são sempre 5€ e os chás são 2.50€. As noites aqui nunca duram muito porque há que apanhar o metro rumo a casa. Saímos lá pelas 00:20, mas quem disse para se ter uma boa noite tinha de se voltar de manhã?