Este é provavelmente um dos sítios a que cheguei mais perto da altura de inauguração, o Nata Lisboa fez algum barulho quando abriu no Princípe Real e começou logo a criar-se expectativa. Antes de escrever sobre o que quer que seja costumo fazer alguma pesquisa sobre o que já foi dito e deparei-me com alguns comentários negativos sobre quem estaria por detrás deste futuro franchising. Tenho a dizer que indepedentemente das más línguas o sítio foi um dos mais agradáveis a que já fui e conseguiu surpreender-me em dois aspectos simples mas peculiares.
O primeiro dos aspectos em que notei, não tivesse eu ido lá para trabalhar, foi no facto de ser possível carregar o computador estando nós na esplanada mas não dentro do próprio café, isto é, havia uma ficha quádrupla (é assim que se diz?) de desenrolar ao lado de uma espreguiçadeira de pedra. Isto é completamente oposto ao que costuma acontecer nos outros cafés, em que chega uma altura em que temos de nos mover para o interior onde residem as tomadas. Não aqui.
Outra das coisas que me surpreendeu e alegrou foi uma estrutura de madeira colocada no jardim que funcionava como escultura interactiva. Subindo as escadas bamboleantes podíamos sentar-nos no topo a observar para além do telhado que nos tapava a vista. Faz medo porque a cada degrau ouvimos o ranger medonho debaixo dos nossos pés e o próprio assento do banco é um pouco estranho. Não deixa de ser algo interessante e diferente e que me fez lembrar um downgrade de uma obra do Work of Art, um programa que tem inspirado o meu lado artístico mas do qual honestamente não sei ainda o que pensar dado a subjectividade da coisa.
O sítio não tem este nome por acaso, o pastel de nata é a sua razão de existência e a sua divulgação é uma espécie de missão que eles querem cumprir. Eu não pedi o pastel de nata, não sei se é um grande faux pas, mas sei que a sandes mista (1.65€) que me serviram juntamente com o chá frio (1.15€) me soube divinamente bem como nenhuma sandes tão simples me tinha sabido há um longo tempo. O pão era óptimo. Os preços são também bastante competitivos, em suma, não tenho queixas de nada, o serviço foi impecável (e ponham ênfase nisso). Infelizmente não tirei fotos de nada (é um bom sinal suponho, estava demasiado deliciada a consumir para me lembrar).
Estivemos ainda a andar pelo jardim e eu senti-me como uma criança estupidamente contente, sentei-me numa espécie de monumento de pedra que eles lá tinham, o Nuno e a Margarida experimentaram os bancos/estiradeiras de madeira, subimos todos à delicada estrutura com ares de perecível, contemplámos a parede que mais parecia um jogo de escalada e eu questionei o que fazia um cacto dentro de uma banheira.
Vão lá ver com os vossos olhos que vale a pena, e dêem também uma olhada na Livraria Babel/Fabrico Infinito, cuja entrada é partilhada com este café.
Aberto de segunda a sábado, das 10h às 20:30h, fechado aos domingos.
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