Já ouço falar dos Brunches da Love Store há algum tempo, o nome sugere-me sempre uma espécie de serão romântico, vim cá com a Margarida, também funciona suponho, podemos tentar trocar olhares através do vidro do copo de sumo vitaminado, não, limitemo-nos a comer que é o que aqui se faz de melhor, e por falar nisso, o Brunch serve-se apenas aos sábados, não que não possam cá vir noutros dias, mas aproveitem esta oportunidade.
Entrei e sentei-me a desenhar enquanto olhava à volta e absorvia o espaço, podia ter ido para a pequena esplanada mas o tempo estava manhoso, o que veio mesmo a calhar: a afluência era bem menor do que tinha lido que iria haver. Senti-me bem ali, a Love Store situa-se junto a uma rua recheada de cafés e lojas dos dois lados e na qual não passam muitos carros. Os passarinhos cantam, o Sol tão rapidamente aparece e nos presenteia com a sua luz e calor como desaparece e faz um frio desgraçado, enfim, tudo é sereno.
A loja/café em si é um local pequeno, com dois andares sendo que o andar de baixo é apenas dedicado à venda de produtos para o lar e afins. O de cima, embora tenha algumas prateleiras com compotas e utensílios para venda, é onde estão as mesinhas e onde se sentam as bocas esfomeadas.
O Brunch não é definido e oferece-nos escolhas em três aspectos: o sumo do dia, uma bebida quente e 2 iguarias suplementares, ou seja, aquilo que não muda é um saco de pano que vem com três pequeninos pães diferentes (um com sementes de papoila, um com sementes de sésamo e um com azeitonas) e um tabuleiro com manteiga, compota de morango, rolinhos de fiambre e queijo, nozes e mel.
Quanto ao sumo, depende do que houver, já não me lembro muito bem quais eram as três opções mas se não me engano era sumo vitaminado (de frutos vermelhos), sumo de laranja ou sumo de abacaxi e manjericão. Fomos para o primeiro, o qual eu não apreciei especialmente mas isso é algo que tem mais a ver com gosto pessoal do que com a qualidade do sumo. As sementes dos frutos vermelhos irritam-me, lembro-me de fazer batido de amora na minha casa de campo e coar aquilo no passador, distrai-me do verdadeiro sabor da fruta ter de estar sempre a pensar que estou a engolir caroços.
Como bebida complementar podíamos escolher entre café e as suas variantes (galão, cappuccino, etc) e o chá do dia, essa escolha doei com todo o amor à Margarida porque tinha acabado de fulminar a pressão sanguínea com três galões que tinha bebido em casa e ainda estava no modo mocho.
Em último lugar podemos optar por duas destas coisas apetitosas: panquecas com banana e mel (embora não esteja escrito no menu), fatia de bolo/tarte do dia (esqueci-me das hipóteses), muffin salgado ou empada de vegetais, iogurte natural com cereais e fruta e finalmente ovo mexido. Nós escolhemos a tarte de maçã (belíssima escolha!) e o iogurte com cereais.
O iogurte, tal como o sumo, não foi muito do meu agrado e neste momento pareço uma pessoa terrivelmente esquisita mas foram logo acertar em duas das poucas coisas que não aprecio, neste caso, a mistura de fruta ácida com derivados de leite. A fruta que complementava o muesli era laranja e kiwi, algo que não considero que case muito bem com o resto, para além de que são frutas aguadas e que depois diluem o iogurte. Não sei, é estranho. É uma quebra demasiado grande dos sabores presentes naquela confecção, contrasta demasiado rápido: doce, amargo, ácido, doce, neutro. Para a próxima vão umas panquecas.
Antes que me esqueça aconselho vivamente o combo pão + manteiga/queijo + fiambre + uma noz molhada em mel + trincar. Às tantas o pão acaba por ser muito pouco por estarmos a dividir o brunch de uma pessoa por duas e queremos fazer todas as combinações possíveis de ingredientes com aquelas três somíticas metades. O mais provável é sobrar fiambre e queijo, mas aí não ouve problema porque fiz um rolinho com os dois, com recheio de nozes e mel, e comi-os assim mesmo, e soube bem, por 12€ (6€ a cada) mais vale limpar o prato.
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